segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

MENSAGEM DO DIA

 
 
   “...levantou-se grande temporal...” (Mc. 4:37)

      Algumas das tempestades da vida vêm de repente: uma grande dor, um desapontamento amargo, uma derrota esmagadora.  Outras vêm devagar: aparecem nos recortes do horizonte, pequenas como a mão de um homem; mas a aflição que parecia tão insignificante se espalha até cobrir o céu, e nos confunde.
     Contudo é na tempestade que Deus nos prepara para o seu serviço.  Quando Deus quer um carvalho, ele o planta num lugar onde as tormentas o fustigarão e onde as chuvas baterão contra ele, e é no meio da batalha contra os elementos que o carvalho ganha suas fibras rijas e se torna o rei da floresta.
      Quando Deus quer aperfeiçoar um homem, ele o coloca em alguma tempestade.  A história dos grandes homens é sempre de rudezas e asperezas.  Nenhum homem se faz, enquanto não tiver passado pelas ondas da tormenta e encontrado a resposta da sua oração:  “Ó Deus, toma-me, quebranta-me, faze-me”.
      Certo francês pintou um quadro de grandeza incontestável: ali figuram oradores, filósofos, mártires, pessoas que se destacaram em alguma fase da vida.  O fato notável a respeito do quadro é o seguinte: cada homem que se destaca por sua habilidade, destacou-se primeiro por seu sofrimento.  No primeiro plano está o homem a quem foi negada a entrada na terra prometida – Moisés. A seu lado está outro, tateando em seu caminho – o cego Homero.  Ali está Milton, cego e de coração partido.  Depois vem a figura de um que se ergue entre os demais.  E qual é a sua característica?  Seu rosto está desfigurado, mais do que o de qualquer outro.  O artista poderia ter escrito debaixo de sua obra-prima:  “Frutos da Tormenta”.
      As belezas da natureza surgem após as chuvas.  A beleza da montanha nasce na tempestade.  E os heróis da vida são os que foram açoitados pela tormenta e marcados  pela batalha.
      Todos nós já estivemos na tempestade e em meio aos açoites dos ventos.  Quais foram as consequências? Ficamos feridos, cansados e abatidos no vale?  Ou nos erguemos aos picos de uma vida mais rica, mais profunda, mais estável?  Nós nos tornamos mais ternos e compassivos para com os feridos da tormenta e marcados da batalha?

       Só pode consolar
         Quem simpatiza
      Só simpatiza
         Quem também sofreu
    Por isso nos consola o Homem de dores
         Pois nossas dores
      Padeceu.


      E na fornalha da aflição
        Deus nos prepara
     Para levarmos também
          Consolação.


Fonte: Mananciais no deserto
Autora: Lettie Cowman
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito Obrigado por seu comentário. Seja sempre bem vindo! (Vania Vidal)